domingo, 15 de novembro de 2009

Super Crentes



Autor: Paulo Romeiro
Páginas: 96
Editora: Mundo Cristão
Ano: 1998
Sobre o autor: Paulo Romeiro é bacharel em Jornalismo, mestre em Teologia pelo Gordon-Conwell Theological Seminary, em Boston, e doutor (Ph.D.) em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo. É autor de Evangélicos em crise (1999) e Decepcionados com a graça (2005)

Sobre o Livro: Há mais de 20 anos a pregação baseada na prosperidade ganhou impulso na igreja brasileira, causando estragos na vida de fiéis desavisados. A Teologia da prosperidade, movimento conhecido também como “confissão positiva” e “palavra da fé”, apregoa que a marca do cristão maduro é a plena saúde física e emocional, e a prosperidade material. O cristão da confissão positiva é “supercrente”, pois acredita que nada o atinge.

Referência internacional no estudo da Teologia da prosperidade, Paulo Romeiro apresenta um retrato fiel e contundente dos exageros e dos deslizes teológicos da confissão positiva. Com coragem, equilíbrio e humildade, desafia os líderes da teologia da prosperidade e abandonarem suas doutrinas pseudobíblicas e retornarem à Verdade.

Edson Moura e Marcio Alves

O Peregrino (releitura)


Editora:Mundo Cristão
Autor:John Bunyan (tradução de Eduardo Pereira e Ferreira
Páginas: 236 e 215 dois volumes
Sobre o autor: John Bunyan, não era exatamente o tipo de homem que seguia o manual do bom comportamento de sua época. Nascido em Bedford, na Inglaterra, em 1628, declarou certa vez: "O pouco que aprendi logo esqueci". Lutou na guerra civil inglesa, casou-se cedo demais, teve uma filha que nasceu cega e, a partir daí, transformou-se em um homem torturado, incapaz de entender por que a mão de Deus era capaz de atingir, sem piedade, uma criança inocente.
Em busca de uma explicação, abandonou o emprego na ferraria do pai e começou a trabalhar numa congregação batista. Mas a tragédia parecia persegui-lo: no espaço de dois anos perdeu a esposa e seu principal mentor espiritual. Outros homens teriam, de imediato, abandonado as convicções religiosas. Bunyan agiu de forma oposta. Dedicou-se a pregar a palavra de Deus até o ano de 1660, quando o governo proclamou o Ato de Uniformidade, que colocava como fora-da-lei todas as formas de culto que não estivessem alinhadas com a Igreja Anglicana.
Bunyan não aceitou deixar seu ministério, foi preso e permaneceu no cárcere por doze anos.

Existem certas batalhas em nossas vidas que ou acabam conosco ou nos tornam mais fortes. Bunyan conseguiu enquadrar-se no segundo caso. Durante o longo período atrás das grades, escreveu uma autobiografia e a primeira parte de O Peregrino/A Peregrina.
O livro conta a caminhada de um homem em busca da Cidade Celestial, que deve ser seu verdadeiro lar. No percurso, ele vai encontrando personagens alegóricos, tais como Misericórdia, Intérprete, Fiel ou Boa Vontade. Alternando partes narrativas com trechos de diálogos quase teatrais, Bunyan faz seu herói superar obstáculos à medida que aprende as lições fundamentais da vida.

Quando o autor saiu da prisão, o livro foi publicado e encontrou uma imensa ressonância popular. Seis anos depois, Bunyan publicou a segunda parte, desta vez tendo como personagem central a mulher do herói, que antes havia decidido permanecer em casa. Novo sucesso.
Nos dois séculos seguintes, a maior parte das famílias inglesas tinha pelo menos dois livros em casa: a Bíblia e o livro de Bunyan. O autor continua popular até hoje, em lugares com os quais nem sequer sonhou.
Quem fizer uma busca na internet encontrará quase 5.000 sites sobre Bunyan, duas vezes mais do que tem o norueguês Jostein Gaarder, autor do best-seller O Mundo de Sofia.
O Peregrino/A Peregrina já tinha sido publicado no Brasil, em versões reduzidas que não se preocupavam com a qualidade do texto. A vantagem da atual edição é permitir a análise, de maneira adequada, daquilo que se convencionou chamar de "textos espirituais", que nunca tiveram o lugar que merecem na história da literatura universal.
É difícil, por exemplo, que San Juan de La Cruz ou Santa Teresa d'Ávila sejam reconhecidos como escritores, justamente por causa do título que levam diante do nome. Entretanto, seus livros permanecem vivos e influentes, enquanto a quase totalidade de obras literárias editadas no mesmo período desapareceu.
A linguagem de Bunyan permanece atual, mas é difícil acompanhar a jornada do personagem principal do início ao fim. Isso porque Cristão (Christian, no original, nome que teria sido mais bem traduzido por Cristiano, evitando assim caracterizá-lo de imediato como alguém que já carrega a santidade na alma) se vê às vezes andando em círculos, e a caminhada torna-se repetitiva.
A melhor maneira de ler O Peregrino/A Peregrina é esquecer a trama, abri-lo ao acaso de vez em quando e saborear a forma como os homens expressavam sua busca espiritual no século XVII. Descobriremos que, embora a abordagem tenha mudado, o homem ainda se encontra diante dos mesmos desafios e mistérios. Isso significa que o peregrino até hoje não progrediu até a Cidade Celestial? Pelo contrário: é uma prova de que, apesar de tanto tempo na estrada, não desistimos de seguir adiante.
Não deixem de ler!
Edson Moura e Marcio Alves

A arte dos sofistas na pregação pentecostal (leitura)


Editora: Jeová Nissi
Autor: Esdras Gregório
Paginas: 150
Sobre o Autor: Esdras Gregório é autodidata, membro da Assembléia de Deus em Campinas - SP.